Caminhai enquanto tendes Luz



Na Índia, designa-se por yuga cada um dos diferentes períodos que a humanidade tem de atravessar ao longo da sua evolução. Os hindus dizem que estamos a sair da Kali-yuga, a época das trevas marcada pelo materialismo, pela violência, pelo desencadear desenfreado das paixões. Está a surgir, pois, uma nova era para os filhos de Deus. Eles devem aproveitá-la, senão as ondas benéficas deste novo período não servirão para nada. 


Cada raio do sol é uma força. No futuro, a humanidade já não se servirá nem de madeira, nem de carvão, nem de gasolina, e trabalhará unicamente com os raios do sol. As fontes de energia atuais não podem durar eternamente, estarão esgotadas em breve e, então, o homem será obrigado a voltar-se para energias de natureza mais subtil que, essas sim, são inesgotáveis. 


O homem aprenderá também a curar-se com as cores e a captar as energias dos raios solares. Os raios solares têm um poder inimaginável que, ao penetrar nas coisas, produz nelas grandes transformações.

1 Cada raio luminoso é habitado por entidades, que se manifestam de maneira diferente consoante a sua cor: vermelho, azul, verde, amarelo... Quando esses raios são projetados sobre seres vivos, fazem neles um enorme trabalho. É por isso que os Iniciados se servem da luz e das cores para agir utilmente sobre os humanos.
Os verdadeiros grandes Mestres da humanidade ensinam os seus discípulos a trabalhar com a luz. Existem sete cores e a cada uma delas corresponde uma virtude.

2 Por isso, devemos saber que cada erro que cometemos faz diminuir em nós o poder que corresponde a uma dessas cores. Os verdadeiros Iniciados sempre trabalharam com a luz, pois só a luz nos dá o verdadeiro poder, o verdadeiro saber. Há muitas pessoas que procuram grandes segredos e imaginam que se tornarão grandes magos pronunciando determinadas palavras, fazendo certos gestos e trazendo consigo um dado talismã. Mas os seres superiores não respondem a esses apelos e só os seres dos níveis mais baixos se aproximam delas.
Se queremos atrair a luz celeste, os anjos, os arcanjos, devemos utilizar o apelo das virtudes, pois as entidades superiores só são atraídas pela pureza, pelo amor, pela verdade. Não se pode compreender os grandes mistérios se se vive como um homem vulgar. O mundo invisível dá-nos em função daquilo que nós próprios fazemos. Quanto mais recusarmos as atividades e os prazeres inferiores, quanto mais renúncias e sacrifícios fizermos, mais bênçãos receberemos do mundo invisível. 

3 A individualidade, a natureza divina, não pode manifestar-se naqueles que só vivem para a personalidade, que não lhe recusam nada.
O verdadeiro homem é aquele que compreende e que cumpre a vontade de Deus. Ora, os humanos vivem constantemente com angústia, com ódio, com inveja, com medo, com cólera. Pensais que é isso o reino dos homens? Não, esse ainda não veio; de vez em quando, ele manifesta-se um pouco, algures, mas não passa disso. Quando vier realmente o reino dos homens, aquilo a que a Tradição chama “a sexta raça”, tudo será transformado. 

A Ciência esotérica ensina-nos mesmo que, no futuro – um futuro longínquo, evidentemente –, os homens deixarão a terra para viverem noutros planetas, e que os animais é que herdarão a terra. Então, para comunicarem entre si, os homens utilizarão o pensamento, o olhar, as cores. Bastará enviar um olhar, mas será um olhar tão magnífico, que aquele que o receber nunca mais o esquecerá.
Na sexta raça, os homens desenvolverão sobretudo o sentimento fraterno. Na quinta raça, o desenvolvimento quase exclusivo do intelecto teve como consequência uma atitude de agressividade, de crítica, de separatividade, e é por isso que os homens não são felizes. Agora, eles devem procurar desenvolver outra coisa: a sua alma. Mas a alma só pode desenvolver-se na vida fraterna, onde, tal como abelhas que se reúnem para preparar o mel, todos trabalham para cumprir a vontade de Deus, a fim de fazerem descer o seu Reino à terra. 

Na sexta raça, os homens realizarão o amor e a sabedoria; na sétima raça, será a verdade que se revelará. A quinta raça era a raça do intelecto; a sexta raça será marcada pelas trocas entre os homens, pela fraternidade.

Ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, no livro "AS DUAS ÁRVORES DO PARAÍSO", inserido na colecção "Prosveta".

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