A literatura infantil é uma arte, um fenómeno de criatividade,
representando o mundo, o homem e a vida através de palavras. A literatura
representa para crianças e adultos, o mágico, a fantasia, sendo a comunicação
real para o mundo imaginário (COELHO, 2002). Diante desta arte, temos os contos
de fadas, considerados literaturas antigas, que cumprem a função de expor a
criança a situações que provocam desejos, curiosidades e medos, possibilitando
que as crianças participem de problemas vinculados à realidade, como: conflitos
entre mães e filhos, carência afectiva e entre outros. O seu desenvolvimento em busca
de soluções acontece no desfecho de uma narrativa.
Para que a aprendizagem ocorra é necessário que os contos
tenham algum valor significativo para as crianças, fazendo com que elas
reconheçam as suas dificuldades e ao mesmo tempo sugerindo soluções para os seus
problemas internos.
Uma história quando contada tem o poder de encantar aquele
que ouve.
De acordo com Bruno Bettelheim (2007, p.27)
Para atingir
integralmente suas propensões consoladoras, seus significados simbólicos e,
acima de tudo seus significados interpessoais, o conto de fadas deveria ser
contado em vez de lido. Se ele é lido, deve ser lido com um envolvimento
emocional na estória e na criança, com empatia pelo que a estória pode
significar para ela. Contar é preferível a ler porque permite uma maior
flexibilidade.
Sabe-se como é importante despertar nas crianças a fantasia,
a imaginação, levando ao mundo mágico de encantamento e magia.
As histórias
podem ser um grande aliado ao educador, pois o contar de histórias pode
divertir, estimular o imaginário, quando bem contada e ainda proporciona à
criança uma actividade sadia, enriquecendo o seu vocabulário e contribuindo para o desenvolvimento da imaginação e adaptação no contexto social.
Além de estimular a imaginação e contribuir para o
enriquecimento do vocabulário, a criança com o conto, pode também desenvolver e
alcançar diversos objetivos, como: expansão da linguagem infantil, facilitando
a expressão corporal; estimulo à inteligência; socialização; formação de
hábitos e atitudes sociais e morais, através da imitação as crianças podem
construir bons exemplos e situações decorrentes das histórias; cultivo da
memória e da atenção, despertando interesse e gosto pela leitura.
Com os contos de fadas a criança começa a se encontrar no
seu ser psicológico e emocional. Trata-se do enriquecimento da vida interior da
criança, onde problemas internos podem ser compreendidos, ajudando a criança
criar conceitos e entender os processos vivenciando experiências reais. Podemos
caracterizar os contos de fadas como sendo o mal e a virtude caminhando juntos.
Quando a imaginação da criança é trabalhada, possibilita
transportá-la para um mundo desconhecido, mas ao mesmo tempo que se torna familiar. Através de imagens as crianças reconhecem sentimentos do bem e do
mal, na qual os seus processos internos passam a ser traduzidos por situações e
imagens observadas. Desta maneira observa-se a importância dos contos de fadas
para um melhor desenvolvimento das crianças.
Alguns pais acreditam que a criança que não sabe ler não se
interessa por livros, o que é bem ao contrário do que apresentamos, pois as
crianças desde muito pequenas aprendem que livro dá prazer, através de imagens,
cores, formas e enredo tem significados para elas, podendo identificar e nomear
personagens.
Vale a pena ressaltar, que a criança necessita de viver essas
experiências e que ela precisa também que sejam oferecidas sugestões simbólicas
sobre como lidar com estas questões da
vida e crescer. Nos contos de fadas,
quando existe o bem e o mal, dá oportunidade à criança para criar e identificar relações
com determinados sentimentos, onde ela pode vivenciar vitórias e derrotas,
criando uma convicção moral. Daí a necessidade das crianças conviverem com os
contos de fadas desde o início de sua vida, pois os contos estimulam o seu
consciente e subconsciente, fazendo com que elas tenham oportunidade de sonhar
e viver a realidade.
Portanto, as narrativas maravilhosas ensinam as crianças que
na vida real é preciso sempre estar preparado para enfrentar determinados
conflitos da vida. Assim os contos de fadas também dão sugestões de coragem e
optimismo, sendo necessários à criança para que ela atravesse e vença
determinadas crises encontradas no seu crescimento. “Embora a fantasia seja
irreal, os bons sentimentos que ela nos dá sobre nós mesmos e nosso futuro são
reais e estes bons sentimentos reais são o de que necessitamos para
sustentar-nos.” (BETTELHEIM, 2007, p. 157)
Os contos de fadas partem de um problema ligado à realidade
como a carência afectiva da Cinderela, a pobreza de João e Maria ou a inveja e o
conflito entre filha e madrasta em Branca de Neve. Na busca de soluções para
esses conflitos, surgem os personagens “mágicos”, como fadas e anões. Em função
dos conflitos presentes nessas histórias, a narrativa termina com a volta à
realidade, onde todos terminam felizes, os heróis se casam ou retornam ao lar.
Desta maneira, os contos devem estar presentes na vida da
criança desde muito cedo, auxiliando-a na elaboração dos seus conflitos emocionais.
Fontes: Contos de Fadas: origem e contribuições para o desenvolvimento da criança - (Fairy Tales: origin and contributions to child development) Isabela Mendes Falconi; Alessandra Corrêa Farago, Graduanda em Pedagogia- Centro Universitário Unifafibe- Bebedouro- SP isabela-map@hotmail.com Docente do Centro Universitário Unifafibe- Bebedouro- SP farago@unifafibe.br
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Essa página é para divulgação e venda dos artigos que confecciono.
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