Vamos iniciar uma viagem pelas MANDALAS do Mundo... ou pelo Mundo das MANDALAS...
Vamos redescobrir as formas e os símbolos, que de tão constantes nos passam despercebidos. Essas estruturas são universais, não pertencem a ninguém e são comuns a todos
- são as pedras fundamentais da criação, uma parte do todo e ao mesmo tempo a totalidade. O próprio universo é uma MANDALA composta de incontáveis mandalas das mais diversas dimensões.
É difícil dizer algo sobre a HISTÓRIA da MANDALA, porque história pressupõe tempo: a mandala, porém existe em essência - como a sua configuração ainda nos ensinará - além do tempo e do espaço. A história da mandala - como toda a história regular - deve começar com o seu surgimento. Mas isso já se torna problemático. A MANDALA não se deixa ordenar no tempo; aliás, nem sequer é possível observá-la, pois sempre tende a nos atrair para o seu CENTRO, e neste ponto central, o tempo e o espaço cessam de existir.
Uma das mandalas mais antigas talvez tenha sido o impacto da queda de algum meteorito num mar primordial....
Temos de reconhecer: a mandala é mais velha do que todos nós! Não contam os cientistas que tudo começou com uma grande explosão? E a imagem de um estouro não é também uma mandala?
E uma espiral nebulosa:
A nossa terra é uma mandala. Diminuindo a escala, encontraremos os oceanos, cujos elementos estruturais são gotas de água, por sua vez MANDALAS, como podemos ver neste cristal de gelo.
Cada MANDALA é ao mesmo tempo, um universo - a Unidade e a diversidade. Ou, da Unidade nasce a diversidade. Por de trás de toda a multiplicidade está a Unidade. Também o nosso universo mais próximo, o nosso sistema solar é uma MANDALA.
Todo o ser vivo - plantas, animais e homens - é constituído de células e cada célula é uma MANDALA
Toda a célula tem um núcleo e este é uma MANDALA. A divisão desse núcleo em duas mandalas celulares. E desta forma cresce o mundo vivo das mandalas. Eis o esquema da divisão celular:
E todas as células e cristais e tudo no planeta se constitui de átomos e cada átomo é um MANDALA.
O corpo humano é constituído de células e estas, por sua vez, de átomos. desse modo, o nosso corpo é composto, em última análise, de inúmeras MANDALAS. Mas podemos compreendê-lo também, na sua totalidade, como uma MANDALA. Com os braços e as pernas esticados, ele forma uma estrela de cinco pontas, e cada estrela é uma mandala. Enquanto mandala estelar, cada homem possui, claramente reconhecível, um CENTRO, e todos estamos constantemente à sua procura. algum dia o encontraremos dentro de nós.
O CENTRO - não importa se o sentimos agora conscientemente ou não - reconhece-se essa estrutura de mandala como algo que lhe é idêntico.
No entanto, sentimos uma indescritível felicidade ao vivenciarmos conscientemente o nosso centro: é esse o objectivo de toda a meditação. Afinal, meditar significa girar em torno do nosso próprio centro, e, dessa forma, uma mandala e toda a mandala nos faz lembrar o nosso próprio centro e equivale, portanto, à meditação.
As mandalas da natureza:
No centro de cada rosa desenvolve-se o grão de semente. Observando as sementes de diversas plantas, temos novas mandalas diante de nós, de modo mais nítido nas frutas, cuja forma, quase sempre esférica, envolve um único caroço, um só centro. Afinal, a cada planta interessa somente esse núcleo, que lhe assegura a existência através dos diversos ciclos de desenvolvimento.
O corte transversal de um tronco de árvore:
Uma flor:
Uma teia de aranha:
E também uma concha:
E o ninho de um passarinho... sempre e sempre MANDALAS!
Das estruturas mais pequenas como o átomo até às maiores, como a nebulosa, a forma mandálica repete-se.
Os construtores góticos utilizavam a MANDALA, porque outro símbolo dificilmente seria mais adequado para representar o carácter cíclico da criação e a união da transcendência (ponto central) com a polaridade (contorno da rosácea).
Um bom exemplo é a rosácea da Catedral de Chartres
Eis um pequeno fio condutor (alguns exemplos) - um fio que conduz à vivência do Universo enquanto MANDALA!
Fonte: Riidiger Dahlke, Mandalas
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