Mas a nossa mente nunca descansa; pois ela encontra-se activa dia e noite. Mesmo durante o sono, ela está a funcionar, mandando estímulos para o nosso corpo para este se recuperar da luta diária.
O exercício da Meditação permite que consigamos acalmar um pouco a nossa mente. Quando a nossa mente se silencia, conseguimos perceber outras vibrações inerentes ao nosso ser. Conseguimos entrar na intimidade da nossa criança/divindade/mago interior, que permite o contato com os desejos mais íntimos da nossa alma. Assim, aprendemos a redireccionar o nosso caminho na direção da nossa evolução como seres humanos plenos.
A visualização meditativa de uma Mandala tem a propriedade de sintonizar-nos com a nossa essência, fazendo um convite à introspecção, propiciando um distanciamento dos problemas imediatos e induzindo ao exercício da contemplação.
Diz a tradição oriental que o Centro da Mandala apresenta uma força espiritual misteriosa, origem e essência de tudo, de onde brota a energia que irradia em direcção à periferia do círculo e para onde ela depois retorna e se recolhe. Para um tibetano uma Mandala, usada durante a meditação, pode abrir as portas da percepção espiritual.
Podemos ver então que, muito mais que mente e corpo, nós somos uma energia que está em constante contacto com o resto do Universo.
Somos uma pequena parte de Deus, e todas as soluções e objetos das nossas buscas estão aí dentro, à espera para serem descobertos.
Meditando em paz e serenidade, com a ajuda de uma Mandala, podemos conhecer os nossos outros "eus" mais profundos, chegando até a ultrapassar o plano pessoal para atingir uma vivência definida como "supra pessoal", uma espécie de identificação e comunhão com o Universo, um momento verdadeiramente mágico!
Meditação com Mandalas
1- Procure, antes e durante a meditação, estar numa posição confortável, com a coluna erecta e os membros relaxados. Pode também colocar uma tranquila música ambiente.
2- Escolha uma Mandala e observe-a bem, pensando naquilo que é a sua busca interior.
Nota: existem muitos desenhos coloridos de Mandalas na internet que poderá imprimir.
3- Quando começar a olhar para a Mandala, procure aos poucos, esvaziar a sua mente, tentando chegar ao ponto de não pensar em nada. Veja, por exemplo, os seus pensamentos como bolas de sabão e deixe-as ir com o vento... Perceba que, quando a sua mente se aquieta, gasta menos energia com os pensamentos. Sem a interferência dos seus pensamentos, pode ver com mais clareza o propósito da sua vida.
4- A ideia é chegar a preencher toda a sua mente com a imagem da Mandala. Ela precisa de ser construída dentro de si. Inicialmente olhe simplesmente para a Mandala sem reparar nela realmente em termos de pormenores.
5- Fixe sempre olhar no centro do desenho. Perceba os detalhes captados pela sua visão periférica, sinta a sua vibração, mas não se desligue do centro.
6- Olhe para a imagem por alguns momentos e depois feche os olhos e tente visualizá-la. Quando perder a visualização, abra os olhos novamente e olhe novamente para a imagem.
7- Nesta última fase vai voltar a abrir os olhos, concentrar-se ainda mais profundamente no centro da Mandala e ficar numa atitude receptiva. Isto significa que uma ponte está a ser construída entre o centro da Mandala e o seu centro, a sua essência, o seu coração.
8- Agora é a hora de deixar funcionar a intuição, o auto-conhecimento, a clarividência e a clariaudiência. Começam a emergir (interiormente) potenciais normalmente submersos do seu ser - quase sempre na forma de mensagens importantes para o seu progresso espiritual.
9- Permaneça neste estado meditativo o tempo que desejar. Veja que este estado leva o seu tempo a alcançar e por isso, tem de dar tempo a si próprio.
10- Tenha um bloco de notas perto de si, pois pode gostar de anotar algumas mensagens que fluam para si do centro da Mandala e que mais tarde queira voltar a ler.
Boa meditação!
- "O símbolo do sagrado nas Mandalas"
- "O poder do Mantra OM"
- " O Labirinto"
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