(ler a introdução)
(ler 1ª carta)
Querida Alice
É evidente que não recebeste a minha primeira carta, pois de certeza que responderias logo.
Mas não desisto! Continuo a precisar muito de ti.
Ontem deu-se um acontecimento surpreendente! Encontrei o Coelho Branco! Aquele, o mesmo que nós as duas conhecemos naquele país que “visitamos”. Como o reconheci? Até eu me admiro como fui capaz! Claro que hoje, visto à posteriori, dirias tu – facílimo! E eu concordo contigo. Vinha a furar pela multidão, cheio de pressa. Deu-me semelhante encontrão que o agarrei por uma orelha e disse – “então isso é maneira de andar na rua?” “ Não sabe o que é civismo?” “ Ao menos peça desculpa”. Foi então que percebi quem ele era. Bastante óbvio, não é?
Pensando bem, estas coisas inesperadas e um tanto estranhas, já não faziam atualmente parte dos meus dias. É por isso que preciso muito de te encontrar…
Acho que os sapatos novos de tiras amarelas que eu tinha acabado de comprar foram os responsáveis por esta surpresa. Eles conduziram-me àquela rua onde nunca passo e consequentemente ao encontro do coelho. Sabes, acho que funcionaram como os bolinhos de crescer e encolher que comíamos. Sendo assim, estou contente… afinal aqui também podem acontecer coisas espetaculares... maravilhosas!!!
Percebi rapidamente que estava ali diante de mim uma forma de te encontrar e então contei-lhe da minha busca, do projeto de trabalho que tinha para nós duas, etc, etc. Foi muito difícil captar-lhe a atenção, pois este coelho não se acalmou ainda! Disse sempre que não tinha tempo, que estava atrasado (ainda não se percebeu para fazer o quê) e olhava constantemente para o relógio. Foi um desespero! Ele, impaciente, a repetir “está bem”, “está bem”, “se eu a vir digo-lhe”. Finalmente desatou a correr e perdi-o de vista. Não fiquei com grandes esperanças. Temo que ele se esqueça totalmente deste encontro e do recado.
Acho que os sapatos novos de tiras amarelas que eu tinha acabado de comprar foram os responsáveis por esta surpresa. Eles conduziram-me àquela rua onde nunca passo e consequentemente ao encontro do coelho. Sabes, acho que funcionaram como os bolinhos de crescer e encolher que comíamos. Sendo assim, estou contente… afinal aqui também podem acontecer coisas espetaculares... maravilhosas!!!
Percebi rapidamente que estava ali diante de mim uma forma de te encontrar e então contei-lhe da minha busca, do projeto de trabalho que tinha para nós duas, etc, etc. Foi muito difícil captar-lhe a atenção, pois este coelho não se acalmou ainda! Disse sempre que não tinha tempo, que estava atrasado (ainda não se percebeu para fazer o quê) e olhava constantemente para o relógio. Foi um desespero! Ele, impaciente, a repetir “está bem”, “está bem”, “se eu a vir digo-lhe”. Finalmente desatou a correr e perdi-o de vista. Não fiquei com grandes esperanças. Temo que ele se esqueça totalmente deste encontro e do recado.
Deduzo que fazia algum tempo que ele tinha vindo "daquele país" e no entanto continua igual! Como é possível!
Depois deste encontro relâmpago, vim pela rua a pensar que aceitar os outros é bem difícil. Principalmente quando, como é o caso, não nos dão a devida atenção e valor. Já te disse anteriormente que me sinto diferente agora que voltei, mas depois deste encontro já não tenho tanta certeza que isso se note, e mais, que seja mesmo verdadeiro. O coelho, pelo menos, tratou-me como antigamente. Estou outra vez confusa! Este encontro foi uma nova esperança mas também me deprimiu. Tenho de repensar a minha identidade. A minha! A do coelho é problema do coelho!
Beijinhos
Depois deste encontro relâmpago, vim pela rua a pensar que aceitar os outros é bem difícil. Principalmente quando, como é o caso, não nos dão a devida atenção e valor. Já te disse anteriormente que me sinto diferente agora que voltei, mas depois deste encontro já não tenho tanta certeza que isso se note, e mais, que seja mesmo verdadeiro. O coelho, pelo menos, tratou-me como antigamente. Estou outra vez confusa! Este encontro foi uma nova esperança mas também me deprimiu. Tenho de repensar a minha identidade. A minha! A do coelho é problema do coelho!
Beijinhos
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