Por outro lado, essa mesma observação atenta remete-nos para o simbolismo de cada "peça" dessa Criação. Tudo tem um significado! Em tudo podemos ver mensagens valiosas, tal como páginas de um livro que vamos lendo e aprendendo ao longo da vida.
Hoje iremos deter-nos na aranha e na sua teia.
A ARANHA DENTRO DE NÓS
Embora seja uma MANDALA perfeita, a teia evoca à primeira vista sensações desagradáveis.
É que a natureza da aranha (e da sua teia) mostra-nos nitidamente que vemos nela, de modo inconsciente, mais do que gostaríamos de ver: cada homem vive numa teia semelhante, que o liga ao seu mundo com incontáveis fios! Essa teia primeiro tem de ser reconhecida; em seguida aceite e, finalmente, vivenciada conscientemente a fim de ser redimida.
Talvez seja por isso que a aranha se tornou um símbolo tão repugnante: porque nos lembra como nos enredamos com o mundo, os nossos múltiplos apegos e dependências. Talvez também por nos mostrar a nossa maneira ardilosa de ficar à espreita para apanhar outros seres, deixando-os a debaterem-se nessa rede, esquecendo que nós próprios também nos estamos ali a debater!
O simbolismo ainda vai mais longe: a aranha trabalha igualmente com a ilusão de que a sua rede nem sequer existe; ela deve ser tão fina que se torna invisível, e só passa a ser real para o aprisionado no momento de morrer. Assim, nós também reprimimos essa rede até que, na hora da morte, não podemos mais negá-la.
A MANDALA da TEIA da ARANHA
- representa, como qualquer outra Mandala, a imagem da criação, e nós somos insectos aprisionados em algum lugar dos seus contornos e, portanto, da criação materializada. Quanto mais nos enfurecemos e quanto mais inconscientemente o fazemos, tanto mais ficamos presos nessa rede.
COLORIR MANDALAS
Pinte agora as MANDALAS DA ARANHA - que também é uma Mandala - e torne-as bonitas ocupando-se um pouco também com a sua própria natureza aracnídea, e aprenda, se possível, a amá-la.
(Para imprimir, ampliar e depois colorir)
Podemos ter
UMA TEIA EM NÓS
TECIDA COM FINOS FIOS DE AMOR
MEDITAÇÃO
A concentração no desenho de uma Mandala, tendo uma intenção definida previamente, permite que a sua mente faça uma viagem astral da periferia para o centro - o centro de si próprio.
Se a sua mente começar trepidar (com as obrigações do dia), basta trazer de volta a sua atenção para a beleza das Mandalas.
MEDITE tranquilamente com estas MANDALAS da ARANHA e perceba que também carrega dentro de si a essência dessa teia.
Naturalmente não poderá encontrar de imediato a "sua teia", nem deixar que os outros a descubram. Isso é compreensível, pois o sentido da teia é que ninguém a vê. Mas agora, ao menos hoje, tenha a coragem de a olhar, apesar de tudo, pois quanto menos gostar de aranhas e teias, maior é a certeza da sua presença.
E lembre-se de:
... amar a teia de luz e a aranha brilhante que há em si e surpreenda-se com a transformação!
Fonte: "Mandalas" de Rudiger Dahlke
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