No mundo do simbolismo, trilhamos Labirintos na nossa vida?
Labirinto da catedral de Amiens, França |
- Tem medo de entrar? De se perder? De não saber sair? De não ser capaz de chegar ao centro?
O termo ‘labirinto’ designa um percurso sinuoso, com ou sem cruzamentos, becos-sem-saída e falsas pistas, destinado a perder ou enganar o intruso que nele penetre.
Um Labirinto é também uma forma de Mandala, simbolizando a busca do homem que, pelos caminhos mais diversos, o conduzem ora para mais perto, ora para mais longe, até finalmente ele chegar ao CENTRO.
Há só um caminho e este conduz a um único centro!
Neste caminho há muitos perigos!
Assim como podemos errar o caminho dentro do labirinto e cair no desespero, podemos também tropeçar na nossa caminhada pelo contorno, confundindo a entrada e assim vaguearmos no mundo da ilusão...
Tudo o que se refere a perigos, desvios e impedimentos tem o seu sentido, mesmo que, a princípio, dentro do labirinto (da vida), não seja fácil percebê-lo.
Caminhar num labirinto pode ter o sentido de uma peregrinação!
A prática de andar de forma meditativa em labirintos remonta à época medieval, quando as pessoas eram conduzidas aos próprios caminhos espirituais através dos pés - "do solo para a alma".
Pinte o caminho através deste Labirinto, semelhante ao da Catedral de Chartres e vivencie, neste processo, o significado dos atalhos, aperfeiçoamentos, caminhos e desvios - o seu caminho pessoal. Assim irá tecendo um fio condutor através do seu labirinto interior.
O objetivo do exercício é seguir o caminho do labirinto com a cor (ou cores) partindo do preto do espaço exterior até alcançar, finalmente o branco, o centro da rosa - a luz!
(fotocopie em papel)
O objetivo do exercício é seguir o caminho do labirinto com a cor (ou cores) partindo do preto do espaço exterior até alcançar, finalmente o branco, o centro da rosa - a luz!
(fotocopie em papel)
Percorra o labirinto com o coração e mente aberta e acalme o seu corpo para encontrar o seu ritmo ao atravessá-lo e assinale o seu "sentir" à medida que caminha.
No princípio, parece que vai chegar ao centro diretamente e de uma só vez, mas em breve vai encontrar os velhos modelos recorrentes: espirais e reviravoltas que vão testar e aprofundar a sua fé. Estes entraves podem fazê-lo acreditar que está a perder terreno e que está a retroceder. Mas não, estas voltas e reviravoltas da estrada são apenas um compassivo e sábio ensinamento do Mestre para desatar os nós do seu coração. É um caminho de auto-descoberta e realização!
Caminhar por um labirinto equilibra os hemisférios direito e esquerdo do cérebro e transmuta bloqueios, desenvolvendo a intuição e a criatividade. Pode-nos ajudar a enfrentar os desafios da vida, ganhar novos conhecimentos, tomar melhores decisões e encontrar a paz e a serenidade que são tão necessárias na nossa vida.
O labirinto é um arquétipo encontrado em todas as tradições religiosas através do mundo. Ele oferece apenas um caminho a ser trilhado e constitui uma ferramenta que estimula a meditação e remete à experiência da TRANSFORMAÇÃO.
O labirinto é um arquétipo encontrado em todas as tradições religiosas através do mundo. Ele oferece apenas um caminho a ser trilhado e constitui uma ferramenta que estimula a meditação e remete à experiência da TRANSFORMAÇÃO.
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A Catedral de Chartres
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Na Catedral de Chartres, (séc. XIII) encontra-se um dos
labirintos mais conhecidos e misteriosos.
Nele, os dois símbolos do caminho que a alma deve percorrer durante a
vida estão unidos num só. A rosácea da porta oriental representa o Juizo Final,
com a separação das almas para o céu e o inferno, corresponde, pelo espaço e
pelo tamanho, exatamente ao labirinto que existe no chão da catedral.
Antigamente os fieis (alguns pobres que não podiam ir a
Jerusálem) reproduziam simbolicamente
esse caminho na forma de penitência ou peregrinação, fazendo por exemplo
de joelhos todo o percurso do labirinto até ao centro.
Aí os esperava – em Chartres – uma rosa branca de seis
pétalas, em mármore, símbolo da perfeição e do amor,, que corresponde
exatamente ao centro da rosácea da porta
ocidental, se imaginarmos a parede no lugar do chão.
É evidente que essas duas mandalas do mesmo tamanho tem relação entre si: se
projetarmos uma sobre a outra mentalmente, chegamos a uma dupla conclusão: há um só caminho
e este conduz, pelos mais variados desvios, a um único centro.
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